terça-feira, 29 de março de 2016

Até que ponto sou livre


“Até que ponto sou livre?” 
pergunta o homem ao seu Criador. 
“Não posso despojar-me do meu corpo, 
não posso renegar minhas origens, 
não posso fugir do meu ambiente, 
não posso escapar do meu tempo.” 

“Tu não és livre de tuas condições,” responde Ele, 
 “porém, tu és livre para te posicionares diante de teus condicionamentos. 
E isto é muito além do que jamais concedi.” 

“Quando giro em torno de mim mesmo,
percorro um caminho infinito,
que não leva a lugar algum. 
Porém, ao distanciar-me de mim mesmo,
percebo o caminho para a pessoa que gostaria de ser.”

“Há uma responsabilidade diante de meus atos: 
sou responsável pelo que faço, digo, decido... 
Mas há também uma responsabilidade pela maneira como os faço: 
sou responsável pelo modo como vivo, amo e sofro...” ·

 “O corpo não pode ser construído, mas o mal-estar físico pode ser mitigado. 
A alma não pode ser consertada, mas o distúrbio psíquico pode ser curado. 
O espírito não pode ser produzido, mas a dimensão espiritual pode ser despertada.” ·
 “O que é genuíno não pode ser desmoralizado, 
o que não é mascarado não pode ser desmascarado, 
o que tem sentido não pode ser questionado.” 

”Um corpo estranho penetra na concha, ferindo-a. 
A areia áspera machuca sua carne. A concha sofre. 
A concha tenta expelir o intruso e fracassa. 
O grão de areia fixou-se. A dor não pode ser eliminada. 
Então o animal, a partir do âmago da sua natureza, busca a força 
para transformar o sofrimento em triunfo.
Do sofrimento e da aflição, da seiva de suas lágrimas, 
surge, em longos processos de crescimento interior, a pérola.”

Texto extraído do livro: Tudo tem seu sentido
Coleção Logoterapia 
Elisabeth S. Lukas 
Fonte: A Associação de Logoterapia Viktor Emil Frankl – ALVEF

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