segunda-feira, 19 de setembro de 2016

A psicologia do sentido da vida

  • "Eu não gosto do Freud, porque ele nos prende irremediavelmente ao passado. concordo com Frankl, pois ele é o psicólogo da esperança" (Quintana, 1984, testemunho pessoal).
  •  A relação terapêutica na logoterapia tem o caráter de um encontro existencial.
  •  O homem que se considera sem sentido na vida, é não somente infeliz, mas também incapaz de lutar para viver (Frankl, 1976).
  • A logoterapia é uma terapêutica que também não se preocupa com o sintoma, ela se dirige à pessoa do paciente com a intenção de trocar sua postura frente ao sintoma.
  • Sou da mesma cidade de Freud, mas não do mesmo tempo de Freud. No tempo de Freud a repressão era sexual, no meu tempo a repressão é espiritual (Frankl) 
  •  As situações limites não podem ser aprendidas, somente sentidas.
Xausa, I. A. D. M. (1988). A psicologia do sentido da vida. Petrópolis: Vozes. 
 

Parêmias de Ética

Ética é a busca de clemência... no nada no ar, na dor, na lama, na fama, na grama, na miséria, no desespero...
Ética é o estampido de dor, do gemido, do grito...
é a busca da conduta numa vida prostituta...
ação num mundo desesperado, grafado em misericórdia...
é acreditar que a busca da saúde não é mera humilhação...
é atirar migalhas aos esfomeados, enlameados, baqueados...
é o estreitamento da vida na consciência da finitude;
num corte da sorte afastando-se da morte...
num momento, uma trégua, uma luz, um estranhamento da razão... na emoção, da pulsação e da ilusão...
Ética é a busca das cores na imensidão das trevas... clemência, complacência... é gritar e não ser escutado... é pedir e ser apenas observado...
é ser aclamado por si mesmo... sem estética nem ética;
num momento em que a medicina comemora a clonagem completa
de uma ovelha... clone um novo significado para a humanidade...
em tese no futuro poderemos ter clones humanos...
clones, bebês de proveta, manipulação genética...
e a ética passeia entre os tópicos de algumas legislações...
passeia como a própria utopia da dignidade humana,
frente aos experimentos científicos...
passeia por entre flores, alamedas, mas sem alcançar a escora que imponha limites ao desrespeito da condição humana. É gritar e não ser escutado...
Ética é implorar amor, compaixão e ouvir argumentos teóricos, científicos, razão em lugar de emoção... um feto no lixo... a vida na contramão...
para quê o aborto se depois a sociedade mata naturalmente?! para quê atendimento hospitalar se o princípio da vida é a própria morte?!
para quê discutir a eutanásia se existem métodos mais eficazes?!
como a superlotação carcerária... os grupos de extermínio
das periferias das grandes cidades... ou o total
desprezo governamental pela miséria acintosa da
nossa população... ou pelo teor de toxicidade presente
nos alimentos... pela putrefação ambiental provocada
pela tecnologia desenvolvimentista...
para quê discutir normas e condutas profissionais
se a fome corrói e ceifa milhares de vítimas até
mesmo nos portões hospitalares?!
para quê a descoberta de tantas e tantas terapêuticas
salvadoras se conseguimos apenas ser vice-campeões mundiais na incidência de hanseníase?! E se em outras áreas como a malária e a doença de Chagas somos imbatíveis?!
Também no futebol somos vitoriosos...
como somos ainda o país do carnaval, do samba e da mulata que requebra com as nossas emoções... nosso pudor... nossa ética... ética que discute atitudes mas que se mantém impassível diante de crianças enlameadas no crack, na cola, na coca...
e buscam esperança nos restos dos nossos lixos... nas nossas escarradeiras assépticas... livre de todos os germes... e vermes e germes... discutimos a ética e aliviamos nossas culpas e omissões sociais atirando moedas aos miseráveis... que limpam os vidros de nossos automóveis diante do vermelho dos semáforos... do vermelho da dor, do sangue, da vergonha... atiramos as moedas mas não temos coragem de enfrentá-los no olhar... na estampa do ranho que escorre do nariz e emoldura os lábios...
Para quê discutir o destino dos lixos hospitalares?! se não resolvemos sequer a questão dos lixos humanos?! os dejetos hospitalares podem ser incinerados ou enterrados... o extermínio humano, ao contrário, insiste
em se mostrar nos semáforos, nas avenidas, debaixo de pontes, viadutos, na ética humana... ética que exclui a excludência social...
sem veemência nem clemência... e nem decência;
oramos ao pai nosso e implicitamente chamamos a
todos de irmãos... pedimos paz, justiça e até misericórdia...
mas escarramos nossa omissão sobre a dor, a miséria,
a lama, o nada, a indiferença...
E gritar e não ser escutado...
Falamos em ética... insistimos, resistimos e desistimos...

Valdemar Augusto Angerami — Camon






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  O cliente perceber que o terapeuta está com ele. As vezes é triste ser terapeuta, porque a pessoa estava pronta para fazer a ação e não ...