- O espaço do deprimido tende a ser vivido como desesperadamente vazio.
- A depressão é um vivido de impotência; ou seja, de se colocar para baixo.
- Um deprimido que imagina a cura como possível, não é, ou não está, totalmente deprimido (Tatossian).
- O deprimido se confunde com seu estado depressivo; uma parte integrante de si, e então, um estado permanente e irreversível.
- Diferente do deprimido, a pessoa triste distingui sua tristeza de si, experimenta a tristeza como qualificação e potencialmente reversível.
- Somente a novidade é nutritiva e amplia o campo de contato.
- A depressão exprime inatividade, impotência, dores psíquicas e contraturas dos músculos que contribuem para um envelhecimento "muito real", que a cura terapêutica faz desaparecer.
- O Corpo depressivo figura um paradoxo: preso onde está incapaz de se projetar no mundo, mas também suspenso de alguma forma no ar, privado de qualquer ponto de ancoragem, onde possa agir no e sobre o mundo.
- Deprimido sinaliza uma sensação em si, no mundo e nos outros.
- O depressivo traz a sombra de um passado sob a forma de arrependimento, de escrúpulos e de remorso.
"Uma boa conclusão é aquela que nada conclui, nada fecha, pelo contrário, abre os temas tratados para novas indagações" (Pegoraro, 2005, p. 113)
quarta-feira, 15 de julho de 2015
Perspectiva fenomenológica: Depressão, como "inibição do Devir"
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